Acervo Museológico
Breve histórico
A origem do acervo do Museu Regional de Caeté tem procedência na própria região e em cidades circunvizinhas, como Sabará, Barão de Cocais, Santa Bárbara e Itabira. Rodrigo Melo Franco, ex-diretor do SPHAN incumbiu o ex-diretor do Museu Regional de Caeté, Antônio Joaquim de Almeida, da pesquisa e escolha do acervo.
O acervo conta, atualmente, com 295 peças, sendo composto principalmente por mobiliário mineiro do século XVIII e XIX, como mesas, cômodas, armários e catres de bilro, de confecções rústicas, até as mais elaboradas em estilo joanino, rococó. Possui, ainda, louçaria chinesa e inglesa do século XVIII e XIX, e um significativo acervo de peças da imaginária religiosa, a maioria de origem popular, esculpidas em barro, madeira e pedra, ex-votos pintados em madeira e oratórios de diferentes formatos e confecionados em diferentes materiais, muitos com belas pinturas. Entra estas peças, destaca-se a miniatura de um cruzeiro, peça de raro valor por apresentar um conjunto completo dos símbolos da Paixão de Cristo – as “Armas Christi”.
Há ainda, compondo o acervo, instrumentos musicais e objetos ritualísticos utilizados pelos negros escravizados em suas práticas religiosas, como atabaques, tambores e coroas de reisado, além de instrumentos de suplício utilizados para punir a resistência de membros deste povo, como algemas, tornozeleiras, gargalheiras e cangas. Um outro destaque do acervo são os fragmentos – retábulo, forro e mesa – de uma capetla dedicada a São Manoel, originária da vila de São Manoel do Peti, região que pertencia a Caeté. No pátio externo, estão expostas duas carrancas provenientes da região do Rio São Francisco, duas mesas coloniais do século XIII, e ainda um misterioso armário escavado em um tronco de árvore.