Histórico do museu
O Museu Regional de Caeté está localizado em um casarão que remonta ao Século XVIII, tendo sido um dos seus primeiros moradores o capitão Eugênio Lopes Varela. Mais tarde, a propriedade passou a servir de casa de veraneio do Sr. João Batista Ferreira de Souza Coutinho, proprietário de minas de ouro na região, que recebeu o título de Barão de Catas Altas por D. Pedro I, em 1839).
A família proprietária do sobrado manifestara seu interesse em vender o imóvel ao então Departamento do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional-DPHAN e, posteriormente, o órgão, cujo diretor era Sylvio de Vasconcellos (de 1945 a 1969) adquiriu o edifício. As obras de restauração do prédio para instalação do museu foram iniciadas para abrigar exposição de importante coleção de objetos, especialmente, de arte popular e mobiliário, datados dos séculos XVIII e XIX que compunha o acervo.
O Museu foi criado pelo Decreto-Lei nº 8534, de 02 de janeiro de 1946 e o prédio tombado em 28 de junho de 1950, por meio do Processo nº 429-T, inscrição nº 383, do Livro de Belas Artes, folha 75, tendo permanecido fechado por determinação de Rodrigo Melo Franco, Presidente do SPHAN/IPHAN, até a conclusão da sua organização. Durante este período, seu acervo ficou sob a responsabilidade do Museu do Ouro.
O Museu Regional de Caeté, após longo período de obras, foi inaugurado e aberto ao público de Caeté e região, em 17 de fevereiro de 1979. Também conhecido como Casa Setecentista, o Museu voltou a fechar suas portas de 1998 a 2002, para obras de restauração do prédio.
Com a criação do Ibram pelo Decreto 11.906/2009, o Museu passou a ser administrado pelo órgão, que administra outros 29 museus federais. Em 2010, por meio do primeiro e único processo seletivo do órgão, novos funcionários foram admitidos para o Museu de Caeté, dois para a área técnica – museologia e educação – e dois para a área administrativa.
Em 2012, devido a problemas estruturais, o Museu teve de ser fechado novamente para a visitações em seu prédio principal. No final de 2016, iniciou-se o trabalho de restauração completa do imóvel, incluindo tanto o sobrado quanto o anexo administrativo e os espaços de exposição, de realização de atividades educativas e culturais e as áreas de reservas técnicas. Paralelamente às obras, foi feita readaptação da exposição de longa duração, que considerou as técnicas mais atuais de museologia, como a criação de painéis e textos explicativos. A proposta foi elaborada em conjunto por um Grupo de Trabalho que incluiu, além de funcionários do museu, diversos outros colaboradores, tanto da sede quanto de outras instituições museológicas.
Desde sua inauguração, o Museu oferece visitas mediadas, atividades educativas, eventos artístico-culturais e oficinas semanais de artesanato, além de exposições temporárias abertas ao público em geral.