Documento
Metadados
Número de registro
302
Denominação
Autor
Classificação
Resumo descritivo
Figura feminina, de pé, em posição frontal, com a cabeça erguida e olhos direcionados à frente. Braços flexionados à frente; o direito sem a mão; o esquerdo com a mão sustentando o Menino Jesus, assentado, vestido de túnica branca, com a mão direita de abençoar. Vestida de túnica azul, com padronagem floral; mantelete rosa; véu branco; e manto vermelho caído por trás, formando voltas nos braços, inclusive a dobra onde se assenta o Menino. Base atributiva em globo com três cabeças de anjos de asas vermelhas. Peanha em dois degraus quadrados, de quinas chanfradas. Leva sobre a cabeça uma coroa de prata, vazada ao centro, com decoração fitomorfa, com quatro hastes curvas, arrematadas por cruz chapeada.
Altura (cm):
41,0 *
Largura (cm):
16,0
Profundidade (cm):
13,0
Circunferência (cm):
(* 45,0 com a coroa)
Material/técnica
Local de produção
Data de produção
Fotógrafo
Data da foto
2007
Características técnicas
Peça em madeira entalhada e policromada em azul, vermelho, bege, rosa, preto e branco; douramento a purpurina; Menino encaixado e fixado; peanha em duas partes de madeira recortadas; coroa em prata martelada, repuxada e cinzelada; fixada na cabeça da imagem.
Características estilísticas
Imagem de cunho popular, inexpressiva, de origem certamente mineira, datável do século XIX.
Características iconográficas/ornamentais
Pode se tratar de uma interpretação popular de Nossa Senhora da Conceição. A representação artística da Imaculada Concepção da Virgem Maria foi um dos maiores desafios da iconografia católica. O desenvolvimento desse complexo tema só teve seu desenvolvimento, e já tardio, a partir do século XII. (Lembre-se que somente em 1854, o papa Pio IX, proclamou o dogma à Imaculada Concepção da Virgem inquestionável). Na elaboração do tema fundiram-se duas imagens: da Virgem das Litânias, de mãos postas em oração, e da mulher descrita no Apocalipse, crescente como a lua e brilhante como o sol. A estas imagens se acrescentaram outras como a serpente mordendo a maçã, símbolo do pecado original; No mundo luso-brasileiro foi esta a representação que vingou da Conceição – padroeira do Império Lusitano desde 1646. O culto da Virgem da Conceição em Minas Gerais difundiu-se desde os primórdios da capitânia, quando a ela se dedicaram as primeiras igrejas matrizes, muitas ainda hoje de pé.
Dados históricos
Não foram localizados dados específicos sobre o objeto.
Referências bibliográficas/arquívisticas
Iconografia da Virgem Maria. Belo Horizonte, IEPHA, 1982 (Caderno de Pesquisa 1)
|JUNIOR, Augusto de Lima. História de Nossa Senhora em Minas Gerais. Belo Horizonte, Imprensa Oficial, 1956.
|MELLO E SOUZA, Maria Beatriz. Imaculada Conceição. In: Boletim do CEIB, Belo Horizonte, Ano I, número II, março/1997.