Relevo retangular, de parte superior em arco, contornado por moldura meia-cana. Centro com a figura de Santana, assentada em cadeira de espaldar alto, arrematado por acantos e concha. Está de frente, com o braço direito sobre o colo, com a mão segurando um livro fechado; braço esquerdo para o lado, com mão de dedo indicador apoiado sobre livro aberto, seguro pela Virgem menina. Vestida de túnica, manto, mantelete e véu. A Virgem menina encontra-se à direita, de pé, em posição frontal. Tem a mão direita com o indicador apontado sobre o livro que segura com a outra mão. Vestida de túnica e manto.
Peça em barro modelado e queimado, com resquícios de policromia em ocre, vermelho, verde e douramento.
Características estilísticas
Cerâmica de cunho semierudito, originária do litoral do Rio de Janeiro ou de São Paulo e datável do século XVIII. Muito danificada.
Características iconográficas/ornamentais
Santana, esposa de São Joaquim e mãe da Virgem Maria, cujo culto é bem antigo, datando do século VI, no Oriente, e do século VIII, no Ocidente. A história de Santana não se encontra na Bíblia, foi criada em cima de uma tradição que bebeu suas fontes nos escritos apócrifos. Culto bastante comum em Minas Gerais onde teria chegado com os primeiros povoadores, daí proliferando-se rapidamente. Outro fato que auxiliou essa proliferação foi o papel das confrarias de Santana, associadas à caridade e à cura de doenças. Em Minas Gerais geralmente aparece sob a invocação de Santana Mestra, uma matrona sentada em uma cadeira com um livro aberto nos joelhos, ensinando a Virgem menina. As variações de sua representação ficam a gosto do artista, da época e da região (1) (2) e (3)
Dados históricos
Não foram localizados dados específicos sobre o objeto.
Referências bibliográficas/arquívisticas
MEGALE, Nilza Botelho. Santos do Povo Brasileiro. Petrópolis/RJ, Vozes, 2002
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PASTOREAU, Michel. La Biblia y los Santos. Madrid, Alianza Editorial, 1996.
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ROIG, Juan Ferrando. Iconografía de los Santos. Barcelona, Ediciones Omega, 1950.
