O Cruzeiro

Características iconográficas e ornamentais das Arma Christi: 

  • O galo que simboliza a negação de Cristo por Pedro; Pedro nega a Jesus três vezes quando é abordado nas ruas por populares. 
  • O globo que simboliza a ressurreição de Cristo; representando todo o mundo, o reino de Deus 
  • A coroa de espinhos, cana verde e a coluna do escárnio de Jesus; A coluna remete à quando Jesus e açoitado pelos soldados romanos, que o vestem com um manto púrpura a coroa de espinhos e lhe entregam um cajado, formas de humilhar Cristo. 
  • Os dados usados pelos soldados para disputar as vestes de Jesus e a túnica de Jesus; Os soldados após crucificarem Jesus rasgaram suas vestes em quarto partes, restando apenas sua túnica que eles decidiram não rasgar, mas sortear com os dados. 
  • A torquês, o martelo e os três cravos usados na crucificação; são as ferramentas utilizadas para pregar Cristo na cruz. 
  • O título com a abreviatura da inscrição latina Iesus Iuodeorum Rex Nazarenus (INRI); Inscrição que Pôncio Pilatos, por escárnio, mandou colocar no alto da cruz 
  • A luva dos algozes; 
  • A Verônica com a imagem do rosto de Jesus; a mulher que deu a Jesus seu véu, para que ele enxugasse o suor e sangramento das feridas de seu rosto. 
  • O saco de dinheiro de Judas; 30 moedas de pratas aceitas por Judas Iscariotes para entregar a localização de Jesus aos soldados romanos. 
  • A bacia com o jarro do lava-as-mãos de Pôncio Pilatos; onde ele lavou as mãos da condenação de Jesus 
  • A lança de São Loguinho; que perfurou cristo na cruz e ao sair água se converte ao Cristianismo 
  • A escada e o lençol do descendimento; a escada utilizada para descer o corpo de Jesus da cruz e o lençol que encobriu seu cadáver. 
  • A esponja do fel; utilizada nas latrinas romanas, onde os soldados ofereceram a Jesus vinagre. 
  •  O Cálice da amargura; utilizado na noite da santa ceia 
  •  As lanternas da prisão, onde Jesus passou a noite após ser preso 
  • Os ossos de Adão, o primeiro homem que morreu para redimir os pecados do Homem. 

MARTINS, Saul. O Artesanato no Serro. Belo Horizonte, Secretaria de Estado do Trabalho e Cultura Popular, 1964, p. 13. (Traz a reprodução de um cruzeiro feito pelo artista, bem semelhante ao que se encontra no museu). 

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