Documento
Metadados
Número de registro
077
Denominação
Título
Santa Ifigênia
Autor
Classificação
Resumo descritivo
Ex-voto retangular vertical, com recorte circular superior, com orifício; moldura reentrante, pintada em tom esverdeado com friso dourado por dentro. Pintura interior já bastante apagada, representando uma Santa Ifigênia, sem cor, com a palma na mão direita e a igrejinha na direita. Base dourada. Fundo verde.
Altura (cm):
21,8
Largura (cm):
13,5
Profundidade (cm):
1,6
Local de produção
Data de produção
Conjunto com
74 | 75 | 76 | 77 | 78 | 80 | 81 | 82 | 87 | 88
Fotógrafo
Data da foto
2007
Características técnicas
Madeira recortada, com resquícios de pintura em preto, verde e vermelho; douramento no friso e base da figura.
Características estilísticas
Ex-voto de cunho popular, datável do século XVIII ou XIX, originário da Minas Gerais.
Características iconográficas/ornamentais
Santa Ifigênia é muito comum entre a população de cor negra, que a ela dedica capelas e festas. Tem a sua história, meio lendária, associada à ordem dos carmelitas, em cujo hábito é ordinariamente representada. Segundo a tradição hagiográfica, a santa teria fundado um convento dedicado a Nossa Senhora do Carmo, na Núbia, sua região de origem. Esse convento foi incendiado a mando de um tio tirânico, e só foi salvo graças à intervenção de Deus, atendendo prontamente as orações da santa. Por esse motivo, ela tem por principal atributo a igrejinha em chamas, que traz carregando em uma das mãos. (1)
Dados históricos
Não foram localizados dados específicos sobre o objeto. O ex-voto é o registro de um “milagre” ou graça alcançada através de santo ou de uma entidade divina. O termo deriva do latim “tabulae Votivae”, já sendo conhecido desde a Grécia antiga. No Brasil, eram denominadas comumente de “quadro de milagres” ou apenas por “milagres”, popularizando-se, principalmente, sob a forma de tábuas votivas. Essa tradição foi bastante cultivada em Minas Gerais. Nos séculos XVIII e XIX não havia capelas ou igrejas que não tivesse um conjunto de ex-votos, com pinturas regionais elaboradas de maneira despretensiosa e pitoresca, ou mesmo de cunho erudito. A sua tipologia, em Minas Gerais, repete a ibérica, distribuída em três planos: na parte inferior, a inscrição (ou legenda) com o nome do miraculado, as circunstâncias e a data em que ocorreu o milagre; ao centro, a figura do miraculado em seu quarto, preferencialmente deitado em posição pré-mortuária; na parte superior, a visão com a representação da divindade propiciadora da graça. (2)
Referências bibliográficas/arquívisticas
ALVES, Célio Macedo. “Um estudo Iconográfico”. In: COELHO, Beatriz (org.). Devoção e Arte. Imaginária Religiosa em Minas Gerais. São Paulo, EDUSP, 2005, p. 69-92.
|Promessa e Milagre no Santuário Bom Jesus de Matozinhos. Brasília, Publicações do SPHAN (no 34), 1981.